2. Caminhando com Dinossauros.

 


Você... Gosta de dinossauros?

Estação Chronos é uma série que me deixa muito feliz, pois senti que alcancei os objetivos com a estética de anime que procurava apresentar.

Nesse segundo capítulo a ação continua, com batalhas contra dinossauros infectados e, claro, deixando mais perguntas para serem respondidas futuramente.

Portanto... Sem mais delongas... Boa leitura!



2. Caminhando com Dinossauros.


Os chifres do Triceratops davam a impressão de crescer de forma amedrontadora, conforme ele se aproximava dos Guardiões, deixando claro que era o chefe daquele bando, que contava com mais de seis dinos.


D’acier tomou a frente de seu grupo, tocou de leve na área acima de seu coração, o que fez surgir uma imagem energética com o símbolo dos Guardiões Cronais, um tipo de cruz misturada com ponteiros de relógio, que flutuava a poucos centímetros de distância de sua roupa.


Seus olhos emitiram um brilho dourado e, de repente, suas mãos foram cobertas por manoplas energéticas imensas, de punhos fechados e, enquanto ela firmava os pés, assumindo uma postura de combate, o imenso dinossauro finalmente os alcançou.


Marteau de Dieu!


D’acier desferiu um soco, desenhando um arco descendente com o punho de energia, acertando em cheio o meio do crânio do animal, enterrando a cabeça dele na terra, o que fez seu corpo se erguer, capotar e acabar de barriga para cima, totalmente fora de combate.


Eu cuido dos Aéreos!


Bisturi fez o mesmo movimento que a colega e então uma imagem de energia igual à dela surgiu, flutuando à altura da tatuagem que ele tinha no peito, seus olhos emitiram algo parecido com fogo azulado, o ar ao redor de suas mãos sofreu uma distorção e, depois de flexionar as pernas, saltou para o alto.


E então alçou voo.


Bastaram poucos segundos para ele ficar de frente com o pteranodonte líder do bando que seguia contra os Guardiões e, conforme o animal abriu sua imensa boca, Bisturi deixou claro o motivo de ter escolhido esse codinome.


Ele desviou da mordida e, assim que a bocarra se fechou, encaixou um upper na papada do dino, fazendo o ar distorcido ao redor de seu punho formar lâminas feitas de vento sólido.


Incisão!


No instante seguinte todo o seu flanco direito se encharcou com o sangue e restos da cabeça do pteranodonte, que explodiu em tiras cortadas perfeitamente pelo seu golpe.


O corpo do animal despencou em grande velocidade, atingindo o chão com violência, mas a uma distância segura de onde suas companheiras enfrentavam o outro contingente de Seculares.


Ele olhou rapidamente para as três garotas que continuavam no chão, conforme os demais pteranodontes se aproximavam e, vendo que tudo parecia sob controle, partiu contra eles, as lâminas que se formaram ao redor dos punhos, parecendo crepitar de energia, conforme sua animação com a luta ia crescendo.


As Guardiãs Noizu, como de costume, não deixavam de rir alto e com gosto, se desviando do avanço dos Triceratopes, dançando e se movendo como se estivessem em um palco típico dos show das famosas garotas Idol japonesas.


Seguiam de mãos dadas, numa alucinante coreografia, logo depois de acionar seus poderes de Guardiãs, ficando com imagens energéticas diante de suas roupas, Amy sobre o coração, Mika do lado oposto. Os olhos geraram um estranho design de linhas retas, como se fosse um visor, além de imagens que pareciam com orelhas e, atrás de seus corpos, surgiam rabos de raposas, o que aumentou demais a velocidade e agilidade das duas.


Assim, conforme elas dançavam diante dos inimigos, evitavam que os mesmos se aglomerassem sobre a Guardiã D’acier que, naquele momento, desviava de um dos dinos, acertando a lateral do mesmo, conforme ele passava, quebrando quase todos os ossos da infeliz criatura possuída pelos Seculares.


O Cronômetro avançava seu movimento, estando cada vez mais perto de uma marcação vermelha e os dinossauros terrestres e aéreos aumentavam consideravelmente o número de integrantes dos grupos de ataque.


Empolgadas com o combate, as gêmeas resolveram mostrar o real motivo pelo qual escolheram seu codinome.


Subiram com facilidade nas costas de um dos Triceratops, cada uma de um dos lados da imensa cabeça dele e, diante dos orifícios auditivos, abriram as bocas e gritaram em uníssono.


Sonikkuburasuto!


Ainda no ar, Bisturi sorriu ao ouvir o ataque sônico, mesmo àquela distância, constatando que as gêmeas haviam resolvido deixar de brincar e levar a sério a luta, que resultava em um Triceratops caído, com o cérebro minúsculo derretido e escorrendo para fora da imensa cabeça.


Um minuto de distração e um dos Pteranodontes acertou o ombro do Guardião, arrancando sangue, para logo em seguida ter o corpo todo trespassado pelas lâminas de ar, se reunindo aos demais irmãos que jaziam em perdaços no chão logo abaixo.


― Irmã! O Caio-chan tá detonando! ― Amy desviava de um dos dinos, com um mortal de costas, distraída demais com o “espetáculo” aéreo de seu companheiro.


― Eu vi! Nossa! Que vontade de dividir o banheiro com ele! ― Agora Mika saltava por sobre outro, pousando elegantemente metros a distância do dino. ― Já pensou mana? Mana? Amy-Chan!


A outra não pode responder, pois jazia sobre os chifres de um dos triceratops, aparentemente desacordada, enquanto o dinossauro desaparecia com ela por um trecho fechado de floresta.


Sem pensar duas vezes, ou sequer avisar sua outra colega Guardiã, Mika saiu correndo atrás de sua irmã.


Enquanto isso, D’acier continuava a distribuir seus socos avassaladores, entrando em modo berserker. Ela até conseguia controlar suas emoções no dia a dia, do tempo de onde ela viera, tal atitude era a diferença entre a vida e a morte mas, em meio a uma Incursão, ela podia liberar tudo o que tinha guardado no peito.


Bisturi era rapidez e precisão, as gêmeas Noizu caos generalizado, mas ela, mesmo tendo desenvolvido capacidades físicas de impacto e estando quase em frenesi de combate, ainda realizava seus ataques com a graça adquirida nos tempos de balé.


Pouco a pouco também ia ficando coberta pelos restos dos inimigos e, mesmo sentindo muita pena dos pobres animais, que haviam entrado naquela luta dominados pelos Seculares, ela não se continha.


Afinal, era o destino do mundo que estava em jogo, portanto Natalie não podia nem sequer pensar em hesitar.


E outra cabeça de Triceratops explodia após levar um soco dado na horizontal, fazendo com que o corpo decapitado voasse contra outros dois dinos, que voltaram à carga assim que conseguiram se colocar de pé.


Por um instante apenas, Natalie reagiu como Caio, um sorriso se desenhando no rosto, conforme a adrenalina ia jorrando por todo seu corpo, numa das raras vezes em que ela podia extravasar toda sua fúria.


Entre um soco e outro a garota arriscava um olhar para o companheiro aéreo, que parecia estar se divertindo tanto ou até mais que ela, lembrando―a que, desde a primeira vez que ficaram juntos, após se conheceram naquela situação tão bizarra, Caio confidenciara a vontade de viajar até a época dos dinossauros.


― E lá vai mais um! ― ninguém podia ouvir o Guardião Bisturi e suas bravatas para os inimigos, mas, ainda assim, ele falava alto, curtindo a sensação de liberdade e excitação que voar lhe causava, mesmo que estivesse enfrentando pteranodontes possuídos por criaturas cronais. ― Vamos lá pessoal! Tá muito fácil! Incisão!


Os quatro últimos pteranodontes se aproximaram e enquanto o Bisturi os aguardava, as mãos cheias de lâminas de energia, se pegou pensando em como aproveitar os momentos finais do combate, seu sonho infantil de conhecer dinossauros gritava para ele dar uma reconhecida na área antes de voltar para a Estação Chronos, mesmo correndo o risco de ser apagado da existência e depois conferiu que a marcação vermelha do Cronômetro havia sido finalmente alcançada, indicando que, em breve, a Incursão iria se encerrar.


Tão confiante estava, o número de Seculares continuava caindo, que arriscou uma olhada para Natalie, antecipando o momento de ficarem juntos ao fim da luta.


Foi quando percebeu que ela estava cercada pelos Triceratops e não parecia ter percebido.


Sem um segundo a perder, ele reuniu a maior quantidade de lâminas que seu corpo foi capaz de produzir ao redor da mão direita e, mesmo estando a metros de distância, desferiu um soco direto contra os inimigos aéreos, que caíram aos pedaços do céu.


Como um cometa ele disparou em seguida para onde sua companheira estava lutando, pousando com violência sobre o dinossauro que tentava acertá-la pelas costas e enterrando na cabeça dele suas lâminas, torcendo para que alguma delas atingisse o minúsculo cérebro.


Ele obteve sucesso e assim que o animal morreu, sua cabeçorra foi abrindo um imenso sulco na terra, parando a poucos centímetros dos pés de Natalie.


― Mademoiselle D’acier… ― sua chegada fez os demais dinos hesitarem, dando tempo para que ele descesse da cabeça do animal abatido, como quem desce tranquilamente por uma escada, ficando de costas para sua companheira. ― Esse tom de vermelho sangue fica bem no seu cabelo…


― Merci, Monsieur Bisturi… ― ela tentava, em vão, limpar um pouco do sangue que escorria por sobre seus olhos. ― O tempo está acabando… Temos que eliminar logo a infestação dos Seculares.


― Tem três para mim e três para você… Vamos ver quem consegue eliminar mais deles com um só golpe?


Natalie apenas deu um novo sorriso, o mesmo que conquistara Caio várias missões atrás, ajeitou os ombros, moveu o pescoço de um lado para o outro, estalando―o, assumiu uma posição de combate, movendo seu punho para trás até o limite, fez a manopla de energia aumentar várias vezes e só então disparou o golpe.


Marteau de Dieu!


Os três dinos que corriam em sua direção tiveram as cabeças enterradas nos próprios corpos, caindo praticamente ao mesmo tempo, para nunca mais levantar.


Ela então endireitou o corpo, deu uma jogadinha no cabelo para trás e então, de forma sensual, com as mãos na cintura, se voltou para o companheiro.


Para seu espanto Caio já estava virado para ela, braços cruzados sobre o peito, sorriso sarcástico no rosto e atrás dele os últimos triceratops jaziam caídos e com os corpos crivados de lâminas de energia, que iam sumindo lentamente.


Os dois caminharam até ficarem a centímetros um do outro, os lábios quase se encontrando, quando um grito de horror os lembrou das suas outras companheiras.


As Gêmeas!



Continua.






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2 Comentários

  1. Chronos é daquelas obras semelhantes ao bom vinho...
    Quanto maior o tempo da produção inicial , melhor fica!

    É sempre um prazer degustar esse trabalho ímpar.

    Aqui temos Caio em sua primeira jornada como Guardião Bisturi, onde ele conhece a Natalie, a D'Acier.

    Logo de cara , um desafio jurássico.

    O clima está tenso e as gêmeas japas correm perigo .

    Vamos que vamos !

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    1. Muito obrigado pela leitura e comentário.
      EStação Chronos é meu xodó.

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