Shin Jiraiya #1

 

Começando a retomada dos lançamentos dos meus títulos aqui no blog com uma fanfic sobre meu tokusatsu favorito: Jiraiya.

Como já escrevi a anos uma continuação da série clássica, agora é hora de criar algo meu, do zero, uma nova origem para o, como ficou conhecido no Brasil, Incrível ninja.

Também aproveito a onda dos "filmes Shin" onde personagens antigos ganham uma nova roupagem.

Portanto esqueça quase tudo o que sabe sobre a saga de Toha Yamashi e sua batalha contra o terrívei Dokusai e sua família de feiticeiros.

Portanto, sem mais delongas... Boa leitura.

Shin Jiraiya.

Episódio #1.

Quando cabeças rolam.

 

Tóquio, no topo do arranha-céu Shinjuku Mitsui, um homem pareceu sair das sombras, cambaleando alguns passos, até finalmente cair de joelhos, a respiração ofegante, de um profundo corte no ombro direito escorria sangue em profusão.

— Mestre! Mestre! Preciso de ajuda! Ele… Ele luta como um demônio! Mestre… Eu…

O pedido de socorro foi interrompido quando a mão, que segurava um comunicador, foi trespassada por uma estrela feita de metal, prendendo o aparelho inutilizado na palma do homem, que trajava um uniforme em tons de vermelho e cinza.

 Ele pegou com dificuldade uma estrela que trazia em sua fronte e a manteve estendida diante do corpo, olhando para os lados e tentando, em vão, imaginar de onde poderia vir o próximo ataque.

— Então é assim que o todo poderoso membro do Império dos ninjas, o grande Hoshinin Retsuga age na verdade… Quando encontra alguém que pode revidar e não um velho e seu filho pequeno?

— Sa-sai de perto… Se-se me machucar vai se ver com meu mestre… Com meu mestre ouviu? E-eu…

 A frase foi interrompida quando, de uma das laterais do prédio, seus olhos mal puderam registrar dois feixes de luz azulada, antes de sentir a garganta ficar estranhamente seca. 

Enquanto isso, uma luz vermelha piscava de forma intermitente no comunicador do ninja e, em poucos minutos, três seres alados, monstros em forma de corvo, sobrevoavam o topo do Shinjuku Mitsui, só pousando quando tiveram a certeza de que, com exceção de Retsuga, que permanecia de joelhos no meio do topo do prédio, o lugar estava deserto. 

— Lorde Dokusai! Achamos ele! O localizador estava mesmo funcionando… Sim…  Sim… É pra já mestre! — o líder do trio desligou o comunicador, antes de se voltar aos colegas. — Vamos lá pessoal! O chefe tá puto da vida com o Retsuga e quer ver ele agora! 

Enquanto dois dos pesadelos conhecidos como Karasu Tengo ficavam de prontidão, empunhando espadas que lembravam as katanas ninjas, mas com espinhos espalhados pelas lâminas, o terceiro se aproximou daquele que foram enviados para encontrar. 

— Levanta logo seu idiota… Precisamos te levar pro Mestr… 

Com um grito de espanto, o corvo se afastou do ninja que, após ser tocado pelo recém-chegado, teve o corpo caindo para a esquerda, com sua cabeça quicando algumas vezes, antes de parar a alguns metros de distância. 

Naquele momento a atenção dos três estava totalmente voltava para o que acontecera com o companheiro, por isso não viram quando algo emitiu um brilho azulado às suas costas. 

Apenas um segundo depois, todos os servos da família de Feiticeiros estavam no chão, igualmente sem suas cabeças. 

“Corvos inúteis!” no chão jazia um comunicador ainda inteiro “Estão trazendo o Retsuga? Respondam!” 

— Sinto muito, mas no momento os Karasu Tengo estão… Como direi… Literalmente… Sem cabeça para responder… 

“Quem é você seu maldito? Sabe por acaso com quem está se metendo? Eu sou Oninin Dokus…” 

O comunicador foi esmagado pelo pé do ninja, que havia derrubado com facilidade quatro dos membros da poderosa Família de Feiticeiros, caminhando lenta e despreocupadamente até o parapeito do prédio. 

A brisa fria da noite acariciava seus olhos, as únicas partes do corpo que a armadura não cobria, sentindo também uma insistente lágrima a correr por sua face, logo ele deu um passo para frente e, após interromper sua queda usando uma corda com gancho, que ele trouxera presa ao seu cinto, pousou suavemente num beco. 

Uma moderna moto o aguardava e sem se importar sequer em tirar a armadura, acelerou e partiu rapidamente do local, já tentando planejar seus próximos passos.

A vingança finalmente havia começado.

 

 

つづく

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